28 de novembro de 2009
Logotipos de espuma voam pelos céus
A indústria da publicidade tem se voltado para plataformas inusitadas em tempos recentes: areia, água, neve, e até a sujeira de uma calçada podem ser usadas como "telas" para anúncios -- sempre de modo atraente e não-poluente.
Agora, a empresa Flogos criou um sistema que produz espuma de sabão misturada com gás hélio, criando "nuvens" de qualquer formato -- letras, logotipos, animais, etc. A tecnologia, criada pela empresa de efeitos especiais Snowmasters, permite a criação de "anúncios voadores" de vários tamanhos. Segundo a empresas, os "flogos" podem viajar até 50 km de distância, a uma altura de mais de 1.500 metros. Eles duram em média 40 minutos, depois se evaporam sem deixar traços. Entre os clientes da Flogos estão a Disney, Mercedes-Benz e a rede de hotéis Sheraton. Agora a empresa está se expandindo pelo mundo, com escritórios na China, Japão, Cingapura, México, Turquia, Inglaterra, Holanda, Itália, Espanha, Canadá, Austrália e Israel.
E-commerce deve crescer 30% neste Natal
Reporta Kelly Dores, no Propaganda & Marketing, que as vendas de Natal no comércio eletrônico também devem crescer e impulsionar o faturamento das lojas na internet. Estimativas da e-bit apontam que as vendas no período de festas devem resultar em um faturamento de R$ 1,63 bilhão, um crescimento nominal de 30% em relação a 2008, quando o setor atingiu R$ 1,25 bilhão em vendas no Natal. A aposta do Magazine Luiza para o e-commerce é ainda maior: 80% de expansão. A rede também está com campanha online da Ogilvy para anunciar promoção “Agarre o Que Puder”.
Acompanhando o ritmo, os investimentos online também cresceram cerca de 30% neste final de ano. A F.Biz, que abriu este ano uma área de e-commerce com 20 pessoas, informa que na agência o investimento em mídia quase que dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. Na F.Biz, a estratégia online é baseada em links patrocinados, ações de e-mail marketing, serviços e muita segmentação.
“Acreditamos que o consumidor online cada ano fica mais exigente, além de buscar melhor produto, preços e boas oportunidades, ele quer entrega garantida e boas opções de pagamento”, disse Pedro Reis, sócio-diretor da F. Biz. Segundo o executivo, o resultado do e-commerce depende muito da capacidade de entrega de pedidos da marca.
Reis diz que os serviços são diferenciais importantes para uma marca se destacar no e-commerce. Ele cita o case do Netshoes.com.br, que vende artigos esportivos na rede e que passou a oferecer ferramenta em que os usuários conseguem avaliar produtos e trocar impressões com outros compradores. Rede Ipiranga, Cobasi e Le Postiche também são clientes da F.Biz com e-commerce.
Fernando Taralli, presidente da Energy, ressalta que o crescimento na internet é contínuo. Entre os clientes da agência que possuem e-commerce estão Casas Bahia, Tenda e Hoteis.com. “Os três negócios estão indo muito bem neste final de ano”, comentou.
Vale lembrar que este será o primeiro ano de Casas Bahia no e-commerce. Taralli comenta que o fato da Casas Bahia ter inaugurado o portal em fevereiro deste ano reforça a importância da internet nas estratégias da maior rede de varejo nacional. “O portal é um reflexo dos produtos na loja física. Tem sido muito interessante acompanhar o quanto esse negócio complementa a bem-sucedida atuação da rede”, falou.
Acompanhando o ritmo, os investimentos online também cresceram cerca de 30% neste final de ano. A F.Biz, que abriu este ano uma área de e-commerce com 20 pessoas, informa que na agência o investimento em mídia quase que dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. Na F.Biz, a estratégia online é baseada em links patrocinados, ações de e-mail marketing, serviços e muita segmentação.
“Acreditamos que o consumidor online cada ano fica mais exigente, além de buscar melhor produto, preços e boas oportunidades, ele quer entrega garantida e boas opções de pagamento”, disse Pedro Reis, sócio-diretor da F. Biz. Segundo o executivo, o resultado do e-commerce depende muito da capacidade de entrega de pedidos da marca.
Reis diz que os serviços são diferenciais importantes para uma marca se destacar no e-commerce. Ele cita o case do Netshoes.com.br, que vende artigos esportivos na rede e que passou a oferecer ferramenta em que os usuários conseguem avaliar produtos e trocar impressões com outros compradores. Rede Ipiranga, Cobasi e Le Postiche também são clientes da F.Biz com e-commerce.
Fernando Taralli, presidente da Energy, ressalta que o crescimento na internet é contínuo. Entre os clientes da agência que possuem e-commerce estão Casas Bahia, Tenda e Hoteis.com. “Os três negócios estão indo muito bem neste final de ano”, comentou.
Vale lembrar que este será o primeiro ano de Casas Bahia no e-commerce. Taralli comenta que o fato da Casas Bahia ter inaugurado o portal em fevereiro deste ano reforça a importância da internet nas estratégias da maior rede de varejo nacional. “O portal é um reflexo dos produtos na loja física. Tem sido muito interessante acompanhar o quanto esse negócio complementa a bem-sucedida atuação da rede”, falou.
25 de novembro de 2009
Século XXI : Maior valor à ética do que ao conhecimento
"O planeta não vai ser salvo por quem tira notas altas nas provas, mas por aqueles que se importam com ele." Essa é uma das postulações do pesquisador norte-americano Howard Gardner. Vale a pena ler sua entrevista veiculada pela Revista Escola , deste mês.
Howard Gardner, que se dedica a estudar a forma como o pensamento se organiza, balançou as bases da Educação ao defender, em 1984, que a inteligência não pode ser medida só pelo raciocínio lógico-matemático, geralmente o mais valorizado na escola. Segundo o psicólogo norte-americano, havia outros tipos de inteligência: musical, espacial, linguística, interpessoal, intrapessoal, corporal, naturalista e existencial. A Teoria das Inteligências Múltiplas atraiu a atenção dos professores, o que fez com que ele se aproximasse mais do mundo educacional. Hoje, Gardner tem um novo foco de pensamento, organizado no que chama de cinco mentes para o futuro, em que a ética se destaca. "Não basta ao homem ser inteligente. Mais do que tudo, é preciso ter caráter", diz, citando o filósofo norte-americano Ralph Waldo Emerson (1803-1882). E emenda: "O planeta não vai ser salvo por quem tira notas altas nas provas, mas por aqueles que se importam com ele".
Além de lecionar na Universidade de Harvard e na Boston School of Medicine, ele integra o grupo de pesquisa Good Work Project, que defende o comportamento ético. Esse trabalho e o impacto de suas ideias na Educação são temas desta entrevista concedida à NOVA ESCOLA em Curitiba, onde esteve em agosto, ministrando palestras para promover o livro Multiple Intelligences Around the World (Inteligências Múltiplas ao Redor do Mundo) ainda não editado no Brasil.
A Teoria das Inteligências Múltiplas causou grande impacto na Educação. Após 25 anos, o que mudou?
HOWARD GARDNER Durante centenas de anos, os psicólogos seguiam uma teoria: se você é inteligente, é assim para tudo. Se é mediano, se comporta dessa maneira todo o tempo. E, se você é burro, é burro sempre. Dizia-se que a inteligência era determinada pela genética e que era possível indicar quão inteligente é uma pessoa submetendo-a a testes. Minha teoria vai na contramão disso. Se você me pergunta se minhas ideias tiveram impacto significativo, eu digo que não. Não há escolas e cursos Gardner, mas pessoas que ouvem falar dessas coisas e tentam usá-las.
As escolas têm dificuldade em acompanhar mudanças como essa?
GARDNER As instituições de ensino mudam lentamente e estão preparando jovens para os séculos 19 e 20. Além disso, os docentes lecionam do modo como foram ensinados. Mesmo que sejam expostos a novos conhecimentos, é preciso que eles queiram aprender a usá-los. Se isso não ocorre, nada muda.
Como sua teoria pode ser incorporada às propostas pedagógicas?
GARDNER No livro Multiple Intelligences Around the World, lançado este ano, diversos autores descrevem como implementaram minhas ideias. Enfatizo duas delas: a primeira é a individualização. Os educadores devem conhecer ao máximo cada um de seus alunos e, assim, ensiná-los da maneira que eles melhor poderão aprender. A segunda é a pluralização. Isso significa que é necessário ensinar o que é importante de várias maneiras - histórias, debates, jogos, filmes, diagramas ou exercícios práticos.
Como fazer a individualização do ensino numa sala com 40 estudantes?
GARDNER Realmente é mais fácil individualizar o ensino numa sala com dez crianças e em instituições ricas. Mas, mesmo sem essas condições ideais, é possível: basta organizar grupos formados por aqueles que têm habilidades complementares e ensinar de modos diferentes. Se o professor entende a teoria, consegue lançar mão de outras formas de trabalhar - como explorar o que há no entorno da escola. Se ele acredita que só com equipamentos caros vai conseguir bons resultados em sala de aula, não entendeu a essência do pensamento.
A lista de conteúdos está cada vez maior. Como dar conta do programa e ainda variar a metodologia?
GARDNER É um erro enorme acreditar que por termos mais a aprender, necessitamos ensinar mais. A questão central é que várias coisas que antes tinham de ser memorizadas agora estão facilmente disponíveis para pesquisa. Colocar uma quantidade cada vez maior de informação na cabeça da garotada é um desastre. Infelizmente, essa é uma prática comum em diversos cantos do mundo. Depois de viajar muito, posso afirmar que o interesse de diversos ministros da Educação é apenas fazer com que seu país se saia bem nos testes internacionais de avaliação. E isso é ridículo.
Qual a sua avaliação sobre a Educação brasileira?
GARDNER Acredito que, se o Brasil quer ser uma força importante no século 21, tem de buscar uma forma de educar que tenha mais a ver com seu povo, e não apenas imitar experiências de fora, como as dos Estados Unidos e da Europa.
O país precisa se olhar no espelho, em vez de ficar olhando a bússola. Sua teoria inclui um um método adequado de avaliá-la?
GARDNER Gastamos bilhões de dólares desenvolvendo testes para medir o nível em que está a Educação, mas eles, por si só, não ajudam a aprimorá-la - simplesmente nos dizem quem está melhor ou pior. Para saber isso, basta olhar para as notas. A diferença dos testes de inteligências múltiplas é que é necessário aplicá-los somente naqueles que têm dificuldades. Assim, podemos verificar as formas de ensinar mais adequadas a eles, ajudando todos - e a Educação, de fato.
Os testes de QI sofreram muitas críticas de sua parte. Por quê?
GARDNER A maior parte dos testes mede a inteligência lógica e de linguagem. Quem é bom nas duas é bom aluno. Enquanto estiver na escola, pensará que é inteligente. Porém, se decidir dar um passeio pela cidade, rapidamente descobrirá que outras habilidades fazem falta, como a espacial e a intrapessoal - a capacidade que cada um tem de conhecer a si mesmo, fundamental hoje.
De que forma essa habilidade pode ser determinante para o sucesso?
GARDNER Ela não era importante no passado porque apenas repetíamos o comportamento dos nossos pais. Agora, todos necessitamos tomar decisões sobre onde morar, que carreira seguir e se é hora de casar e de ter uma família. E quem não tem um entendimento de si mesmo comete um erro atrás do outro.
Qual o desafio do mundo para os próximos anos em relação à Educação?
GARDNER Estamos vivendo três poderosas revoluções. Uma delas é a globalização. As pessoas trabalham em empresas multinacionais e mudam de país, o que é bem diferente de quando as populações não tinham contato umas com as outras. A segunda revolução é a biológica. Todos os dias, o conhecimento científico se aprimora e isso afeta a maneira de ensinar e de aprender. O cérebro das crianças poderá ser fotografado no momento em que estiver funcionando, permitindo detectar onde estão os pontos fortes e os fracos e a melhor forma de aprender. A terceira revolução é a digital, que envolve realidade virtual, programas de mensagens instantâneas e redes sociais. Tudo isso vai interferir na forma de pensar a Educação no futuro.
O livro Cinco Mentes para o Futuro aborda as características essenciais a ser desenvolvidas pelos humanos. Como isso se relaciona com as inteligências múltiplas?
GARDNER As cinco mentes não estão conectadas com as inteligências e são possibilidades que devemos nutrir. A primeira é a mente disciplinada - se queremos ser bons em algo, temos de nos esforçar todos os dias. Isso costuma ser difícil para os jovens, que mudam rapidamente de uma tarefa para outra. Essa mente pressupõe ainda a necessidade de compreender as formas de raciocínio que desenvolvemos: histórica, matemática, artística e científica. O problema é que muitas escolas ensinam somente fatos e informações.
Como lidar com o excesso de informações a que temos acesso hoje?
GARDNER Essa capacidade é dominada por um segundo tipo de mente, a sintetizadora. Ela nos aponta em que prestar atenção e como os dados podem ser combinados. É preciso ter critério para fazer julgamentos e saber como comunicar-se de forma sintética. Para os educadores, era mais fácil sintetizar quando usavam-se apenas um ou dois livros.
Qual é o terceiro tipo de mente?
GARDNER A criativa. Ela levanta novas questões, cria soluções e é inovadora. Pessoas desse tipo gostam de se arriscar e não se importam de errar e tentar de novo. Essa é a mente que pensa fora da caixa. Mas você só consegue isso quando tem uma caixa: disciplina e síntese. Por isso, o conselho que dou é dominar a disciplina na juventude para ter mais tempo de ser criativo.
O livro aponta também habilidades associadas a virtudes morais.
GARDNER Uma delas envolve o respeito - e é mais fácil explicar a mente respeitosa do que alcançá-la. Ela começa com o reconhecimento de que cada ser humano é único e, por isso, tem crenças e valores diferentes. A questão é o que fazemos com essa conclusão. Nós podemos matar e discriminar os diferentes ou tentar entendê-los e cooperar com eles. Desde que nascem, os humanos percebem se vivem em um ambiente respeitoso. Observam como os pais se relacionam e tratam os filhos, como os mestres interagem com os colegas e com os estudantes e assim por diante. O respeito está na superfície.
Essa última habilidade se relaciona à ética, certo?
GARDNER Sim. No que se refere à ética, é necessário imaginar-se com múltiplos papéis: ser humano, profissional e cidadão do mundo. O que fazemos não afeta uma rua, mas o planeta. Temos de pensar nos nossos direitos, mas também nas responsabilidades. O mais difícil com relação à ética é fazer a coisa certa mesmo quando essa atitude não atende aos nossos interesses. Ao resumir esses dois últimos tipos de mente, eu diria que pessoas que têm atitudes éticas merecem respeito. O problema é que muitas vezes respeitamos alguém só pelo dinheiro ou pela fama. O mundo certamente seria melhor se dirigíssemos nosso respeito às pessoas extremamente éticas.
O ideal é que as cinco mentes sejam desenvolvidas?
GARDNER Sim. No entanto, elas não se adaptam umas às outras de forma fácil. Sempre haverá tensão entre a disciplina e a criatividade e entre o respeito e a ética. Cabe a você respeitar colegas e superiores, mas, se eles fizerem algo errado, como agir? Ignorar o fato ou confrontá-los? Saber conciliar os diferentes tipos de mente é um desafio para a inteligência intrapessoal. Só você pode se entender e achar seu caminho.
Um dos focos de sua atuação, o projeto Good Work, prevê a formação de bons trabalhadores. Como eles podem ser identificados?
GARDNER Eles possuem excelência técnica, são altamente disciplinados, engajados e envolvidos e gostam do que fazem. Além disso, também são éticos. Estão sempre se questionando sobre que atitudes tomar, levando em conta a moral e a responsabilidade e não o que interessa para o bolso deles. O bom cidadão se envolve nas decisões, participa, conhece as regras e as leis: isso é excelência. Por último, não tenta se beneficiar à custa disso. Há pessoas bem informadas que só promovem o próprio interesse. O bom cidadão não pergunta o que é bom para ele, mas para o país.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/dificil-fazer-certo-se-isso-contraria-nossos-interesses-502609.shtml
Howard Gardner, que se dedica a estudar a forma como o pensamento se organiza, balançou as bases da Educação ao defender, em 1984, que a inteligência não pode ser medida só pelo raciocínio lógico-matemático, geralmente o mais valorizado na escola. Segundo o psicólogo norte-americano, havia outros tipos de inteligência: musical, espacial, linguística, interpessoal, intrapessoal, corporal, naturalista e existencial. A Teoria das Inteligências Múltiplas atraiu a atenção dos professores, o que fez com que ele se aproximasse mais do mundo educacional. Hoje, Gardner tem um novo foco de pensamento, organizado no que chama de cinco mentes para o futuro, em que a ética se destaca. "Não basta ao homem ser inteligente. Mais do que tudo, é preciso ter caráter", diz, citando o filósofo norte-americano Ralph Waldo Emerson (1803-1882). E emenda: "O planeta não vai ser salvo por quem tira notas altas nas provas, mas por aqueles que se importam com ele".
Além de lecionar na Universidade de Harvard e na Boston School of Medicine, ele integra o grupo de pesquisa Good Work Project, que defende o comportamento ético. Esse trabalho e o impacto de suas ideias na Educação são temas desta entrevista concedida à NOVA ESCOLA em Curitiba, onde esteve em agosto, ministrando palestras para promover o livro Multiple Intelligences Around the World (Inteligências Múltiplas ao Redor do Mundo) ainda não editado no Brasil.
A Teoria das Inteligências Múltiplas causou grande impacto na Educação. Após 25 anos, o que mudou?
HOWARD GARDNER Durante centenas de anos, os psicólogos seguiam uma teoria: se você é inteligente, é assim para tudo. Se é mediano, se comporta dessa maneira todo o tempo. E, se você é burro, é burro sempre. Dizia-se que a inteligência era determinada pela genética e que era possível indicar quão inteligente é uma pessoa submetendo-a a testes. Minha teoria vai na contramão disso. Se você me pergunta se minhas ideias tiveram impacto significativo, eu digo que não. Não há escolas e cursos Gardner, mas pessoas que ouvem falar dessas coisas e tentam usá-las.
As escolas têm dificuldade em acompanhar mudanças como essa?
GARDNER As instituições de ensino mudam lentamente e estão preparando jovens para os séculos 19 e 20. Além disso, os docentes lecionam do modo como foram ensinados. Mesmo que sejam expostos a novos conhecimentos, é preciso que eles queiram aprender a usá-los. Se isso não ocorre, nada muda.
Como sua teoria pode ser incorporada às propostas pedagógicas?
GARDNER No livro Multiple Intelligences Around the World, lançado este ano, diversos autores descrevem como implementaram minhas ideias. Enfatizo duas delas: a primeira é a individualização. Os educadores devem conhecer ao máximo cada um de seus alunos e, assim, ensiná-los da maneira que eles melhor poderão aprender. A segunda é a pluralização. Isso significa que é necessário ensinar o que é importante de várias maneiras - histórias, debates, jogos, filmes, diagramas ou exercícios práticos.
Como fazer a individualização do ensino numa sala com 40 estudantes?
GARDNER Realmente é mais fácil individualizar o ensino numa sala com dez crianças e em instituições ricas. Mas, mesmo sem essas condições ideais, é possível: basta organizar grupos formados por aqueles que têm habilidades complementares e ensinar de modos diferentes. Se o professor entende a teoria, consegue lançar mão de outras formas de trabalhar - como explorar o que há no entorno da escola. Se ele acredita que só com equipamentos caros vai conseguir bons resultados em sala de aula, não entendeu a essência do pensamento.
A lista de conteúdos está cada vez maior. Como dar conta do programa e ainda variar a metodologia?
GARDNER É um erro enorme acreditar que por termos mais a aprender, necessitamos ensinar mais. A questão central é que várias coisas que antes tinham de ser memorizadas agora estão facilmente disponíveis para pesquisa. Colocar uma quantidade cada vez maior de informação na cabeça da garotada é um desastre. Infelizmente, essa é uma prática comum em diversos cantos do mundo. Depois de viajar muito, posso afirmar que o interesse de diversos ministros da Educação é apenas fazer com que seu país se saia bem nos testes internacionais de avaliação. E isso é ridículo.
Qual a sua avaliação sobre a Educação brasileira?
GARDNER Acredito que, se o Brasil quer ser uma força importante no século 21, tem de buscar uma forma de educar que tenha mais a ver com seu povo, e não apenas imitar experiências de fora, como as dos Estados Unidos e da Europa.
O país precisa se olhar no espelho, em vez de ficar olhando a bússola. Sua teoria inclui um um método adequado de avaliá-la?
GARDNER Gastamos bilhões de dólares desenvolvendo testes para medir o nível em que está a Educação, mas eles, por si só, não ajudam a aprimorá-la - simplesmente nos dizem quem está melhor ou pior. Para saber isso, basta olhar para as notas. A diferença dos testes de inteligências múltiplas é que é necessário aplicá-los somente naqueles que têm dificuldades. Assim, podemos verificar as formas de ensinar mais adequadas a eles, ajudando todos - e a Educação, de fato.
Os testes de QI sofreram muitas críticas de sua parte. Por quê?
GARDNER A maior parte dos testes mede a inteligência lógica e de linguagem. Quem é bom nas duas é bom aluno. Enquanto estiver na escola, pensará que é inteligente. Porém, se decidir dar um passeio pela cidade, rapidamente descobrirá que outras habilidades fazem falta, como a espacial e a intrapessoal - a capacidade que cada um tem de conhecer a si mesmo, fundamental hoje.
De que forma essa habilidade pode ser determinante para o sucesso?
GARDNER Ela não era importante no passado porque apenas repetíamos o comportamento dos nossos pais. Agora, todos necessitamos tomar decisões sobre onde morar, que carreira seguir e se é hora de casar e de ter uma família. E quem não tem um entendimento de si mesmo comete um erro atrás do outro.
Qual o desafio do mundo para os próximos anos em relação à Educação?
GARDNER Estamos vivendo três poderosas revoluções. Uma delas é a globalização. As pessoas trabalham em empresas multinacionais e mudam de país, o que é bem diferente de quando as populações não tinham contato umas com as outras. A segunda revolução é a biológica. Todos os dias, o conhecimento científico se aprimora e isso afeta a maneira de ensinar e de aprender. O cérebro das crianças poderá ser fotografado no momento em que estiver funcionando, permitindo detectar onde estão os pontos fortes e os fracos e a melhor forma de aprender. A terceira revolução é a digital, que envolve realidade virtual, programas de mensagens instantâneas e redes sociais. Tudo isso vai interferir na forma de pensar a Educação no futuro.
O livro Cinco Mentes para o Futuro aborda as características essenciais a ser desenvolvidas pelos humanos. Como isso se relaciona com as inteligências múltiplas?
GARDNER As cinco mentes não estão conectadas com as inteligências e são possibilidades que devemos nutrir. A primeira é a mente disciplinada - se queremos ser bons em algo, temos de nos esforçar todos os dias. Isso costuma ser difícil para os jovens, que mudam rapidamente de uma tarefa para outra. Essa mente pressupõe ainda a necessidade de compreender as formas de raciocínio que desenvolvemos: histórica, matemática, artística e científica. O problema é que muitas escolas ensinam somente fatos e informações.
Como lidar com o excesso de informações a que temos acesso hoje?
GARDNER Essa capacidade é dominada por um segundo tipo de mente, a sintetizadora. Ela nos aponta em que prestar atenção e como os dados podem ser combinados. É preciso ter critério para fazer julgamentos e saber como comunicar-se de forma sintética. Para os educadores, era mais fácil sintetizar quando usavam-se apenas um ou dois livros.
Qual é o terceiro tipo de mente?
GARDNER A criativa. Ela levanta novas questões, cria soluções e é inovadora. Pessoas desse tipo gostam de se arriscar e não se importam de errar e tentar de novo. Essa é a mente que pensa fora da caixa. Mas você só consegue isso quando tem uma caixa: disciplina e síntese. Por isso, o conselho que dou é dominar a disciplina na juventude para ter mais tempo de ser criativo.
O livro aponta também habilidades associadas a virtudes morais.
GARDNER Uma delas envolve o respeito - e é mais fácil explicar a mente respeitosa do que alcançá-la. Ela começa com o reconhecimento de que cada ser humano é único e, por isso, tem crenças e valores diferentes. A questão é o que fazemos com essa conclusão. Nós podemos matar e discriminar os diferentes ou tentar entendê-los e cooperar com eles. Desde que nascem, os humanos percebem se vivem em um ambiente respeitoso. Observam como os pais se relacionam e tratam os filhos, como os mestres interagem com os colegas e com os estudantes e assim por diante. O respeito está na superfície.
Essa última habilidade se relaciona à ética, certo?
GARDNER Sim. No que se refere à ética, é necessário imaginar-se com múltiplos papéis: ser humano, profissional e cidadão do mundo. O que fazemos não afeta uma rua, mas o planeta. Temos de pensar nos nossos direitos, mas também nas responsabilidades. O mais difícil com relação à ética é fazer a coisa certa mesmo quando essa atitude não atende aos nossos interesses. Ao resumir esses dois últimos tipos de mente, eu diria que pessoas que têm atitudes éticas merecem respeito. O problema é que muitas vezes respeitamos alguém só pelo dinheiro ou pela fama. O mundo certamente seria melhor se dirigíssemos nosso respeito às pessoas extremamente éticas.
O ideal é que as cinco mentes sejam desenvolvidas?
GARDNER Sim. No entanto, elas não se adaptam umas às outras de forma fácil. Sempre haverá tensão entre a disciplina e a criatividade e entre o respeito e a ética. Cabe a você respeitar colegas e superiores, mas, se eles fizerem algo errado, como agir? Ignorar o fato ou confrontá-los? Saber conciliar os diferentes tipos de mente é um desafio para a inteligência intrapessoal. Só você pode se entender e achar seu caminho.
Um dos focos de sua atuação, o projeto Good Work, prevê a formação de bons trabalhadores. Como eles podem ser identificados?
GARDNER Eles possuem excelência técnica, são altamente disciplinados, engajados e envolvidos e gostam do que fazem. Além disso, também são éticos. Estão sempre se questionando sobre que atitudes tomar, levando em conta a moral e a responsabilidade e não o que interessa para o bolso deles. O bom cidadão se envolve nas decisões, participa, conhece as regras e as leis: isso é excelência. Por último, não tenta se beneficiar à custa disso. Há pessoas bem informadas que só promovem o próprio interesse. O bom cidadão não pergunta o que é bom para ele, mas para o país.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/dificil-fazer-certo-se-isso-contraria-nossos-interesses-502609.shtml
16 de novembro de 2009
Em 20 de novembro: Blogueiros X Pedófilos (2º round)
Nasceu na Espanha, no ano passado, uma ideia que não vai mudar o mundo. Uma campanha que, como muitas outras sobre muitos temas, pretende reunir o maior número de blogs comprometidos em denunciar uma das faces mais obscuras da democratização do acesso à informação que a internet jogou no nosso colo: a pornografia infantil. Só que, ao contrário das outras campanhas, não é só estimular as pessoas a escrever (e, portanto, pensar) sobre o tema. A ideia é enviar diretamente aos consumidores de pornografia infantil a mensagem de que o que eles estão fazendo é errado e muita gente discorda disso. Como? Incluindo no texto as palavras-chaves que quem quer achar fotos e vídeos de crianças em situações provocadas de cunho sexual usam ao buscar pelo Google.
A campanha, criada pelos blogs La Huella Digital e Vagón-bar, é simples: no próximo dia 20 de novembro, publique um post explicando a sua opinião sobre o tema. Inclua ao final algumas (ou todas as) palavras a seguir: “pornografia infantil não”, “angels”, “lolitas”, “boylover”, “preteens”, “girllover”, “childlover”, “pedoboy”, “boyboy”, “fetishboy” ou “feet boy”. São códigos usados pelos consumidores amadores desse tipo de conteúdo. Se dá por óbvio que um grupo de blogueiros não vai conseguir desmantelar as redes de pornografia infantil e, por conseguinte, salvar todas as crianças em cativeiro atualmente e obrigadas a posar para fotos e vídeos. Mas sabe aquele prazer proibido que você sabe que não devia ter, mas quando não há ninguém olhando, você acaba cedendo e isso pode ser o início de um novo vício? É esse tipo de pedófilo, o que tenta reprimir seu impulso doentio, mas tem muita dificuldade em resistir à tentação do anonimato, que a campanha quer atingir.
Se quiser aparecer na lista de blogs participantes, é preciso linkar o post ao post oficial da campanha no blog Huella Digital. Você também pode colocar o cartaz abaixo no post ou no menu do seu blog:
No Brasil, a Safernet é a ONG mais avançada em relação ao diagnóstico dos crimes virtuais contra os direitos humano. O negrito se faz necessário porque os crimes virtuais contra o patrimônio, como fraude e a invasão de sites de bancos, já recebem demasiada atenção e dinheiro dos mais interessados em combatê-los, os próprios bancos. Foi a Safernet que criou, com o apoio do Ministério Público Federal em São Paulo, de um sistema de denúncias online que hoje funciona como o principal termômetro da mobilização social contra esses crimes. No site da ONG você pode encontrar relatórios mensais sobre as denúncias feitas. Só as reclamações únicas sobre conteúdo pornográfico envolvendo menores de idade realizadas em outubro somam 3017 casos, ou 46% de todas as denúncias feitas no período:
O Brasil é considerado pelos especialistas no assunto um dos países da categoria “consumidor” de pornografia infantil, enquanto nações geralmente na Europa Oriental e na Ásia reúnem os “produtores” desse material. Inundar o Google Search dessas pessoas não é difícil. Foi feito no ano passado por 1.115 blogs. Nesse ano, mais de 8.000 pessoas já participam do grupo da campanha no Facebook e até agora, já há mais de 150.000 menções à campanha na internet. Vai resolver o problema? Não. Mas vai pegar um bom número de pedófilos desavisados que, buscando por “feet boy” ou “pedoboy”, acabarão levando uma bela e merecida bronca.
Então.. vamos nos juntar dia 20 de Novembro!
Fonte: Meninas de Pantufa!
12 de novembro de 2009
Marketing ambiental
O que é o Marketing Ambiental?
Também conhecido como marketing ecológico ou verde, o marketing ambiental é uma modalidade que visa enfocar as necessidades de consumidores ecologicamente conscientes e contribuir para a criação de uma sociedade sustentável.
Como ele surge?
A primeira etapa coincide com a época em que a ecologia passou a merecer atenção, na segunda metade do século XX.
A legislação ambiental, a pressão de grupos ambientalistas e o surgimento de consumidores que querem qualidade de vida condicionam o mercado e criam ambiente propício para o desenvolvimento do marketing ambiental. Ao utilizar estratégias desta modalidade, empresas e outras entidades, entre elas as organizações não-governamentais reforçam uma imagem positiva frente à sociedade e posicionam seu produto ou serviço no mercado, diferenciando-o dos demais.
Historicamente, o grande propulsor foi a obediência à legislação. E por esta ótica, muitas vezes, o fato era e ainda é encarado como custo adicional. Esta visão limitada não permite ver que atuar sobre os impactos ambientais agrega valor ao produto ou serviço prestado. No Brasil, a legislação ambiental está alterando significativamente a economia. Junte-se a isto o fato de que a parcela de consumidores verdes está se ampliando para constatar que não agir em conformidade com a lei e exigências de consumidores pode trazer prejuízos significativos ao bolso e à imagem de uma empresa ou entidade.
Além das exigências legais, os parceiros comerciais também estão ficando mais exigentes ecologicamente, principalmente, quando o produto será exportado, quando é preciso atender também aos requisitos legais do país importador. Um dos requisitos é a certificação ambiental, ISO 14.000 e selos de garantia ecológica, que atestam que aquele produto é produzido em conformidade com as exigências ambientais. Desta forma, fica evidente que esta modalidade de marketing surge mais como uma resposta que empresas e outras entidades dão à sociedade que lhes cobra responsabilidade ambiental pelo processo de produção.
Muitos países já introduziram os “eco-selos” ou “selos verdes', que garantem que os produtos foram produzidos dentro de padrões severos e restritos de “qualidade ecológica” aprovados em nível nacional. Para usar o selo, a empresa submete-se a constantes supervisões e auditorias. Para os consumidores, os selos são uma referência importante na escolha e decisão de compra do produto, pois significam que a empresa está ecologicamente correta.
Já a obtenção da certificação ISO 14000 envolve a elaboração da análise do ciclo de vida do produto e da rotulagem ambiental. O primeiro implica em avaliar todos os estágios de sua produção, de forma a identificar os efeitos sobre o meio ambiente dos componentes e processos. Vai desde a extração de matérias-primas, inclusive o consumo de energia para fabricação, até a disposição adequada e reciclagem.
A certificação pode significar um elemento importante do marketing para produtos e empresas. A ISO 14.000 e o selo verde são mais um recurso de marketing à disposição no mercado, pois informam ao público e aos clientes potenciais o comprometimento da empresa com as práticas ambientais.
O que uma empresa ganha com o marketing ambiental?
O marketing verde é bom para as empresas porque busca a eficiência no uso dos materiais e também ajuda a reduzir os custos. Empresas que não responderem às questões ambientais com produtos mais seguros e ambientalmente mais saudáveis estão se arriscando a perder a sintonia com o consumidor.
Ao empregar estratégias de marketing ambiental, a entidade pode aumentar sua credibilidade e legitimidade, definir sua personalidade, área de atuação e imagem, além de agregar valor à marca junto aos diversos compradores.
Como uma empresa pode ser considerada "verde"?
Ser “verde” ou ambientalmente correto não se limita, por exemplo, a inventar novas embalagens recicláveis, mas sim a administrar uma cadeia de fatos que envolvem várias etapas, desde a fabricação, relação com fornecedores, clientes, empregados, mídia e comunidade.
Implantar sistemas de gerenciamento ambiental e investir em projetos ambientais fazem parte e são a base inicial do desenvolvimento e implantação de uma completa estratégia de marketing ambiental, que tem início na definição da política de gestão e culmina com a divulgação para o mercado de uma empresa verde. É preciso criar uma nova cultura empresarial.
Ao se traçar uma estratégia de marketing ambiental para uma empresa é preciso começar pelos modos de produção, fazendo-se alguns questionamentos básicos como: quais materiais podem ser reciclados? O que pode ser feito para garantir mais durabilidade e longevidade aos produtos? Que tipo de componentes poluentes podem ser eliminados ou substituídos? Quando a empresa torna-se uma ecoempresa, ela vende mais do que produtos e serviços de qualidade, vende uma nova alternativa.
O grande desafio é conjugar melhoria contínua da qualidade ambiental das instituições com melhores resultados econômicos, em termos de eficiência produtiva. Alguns aspectos importantes devem ser considerados como economia de recursos naturais e energéticos, reaproveitamento de resíduos e reciclagem, comercialização de resíduos ou seu tratamento antes do lançamento na natureza, conquista de novos mercados, melhoria da comunicação com as comunidades e instâncias governamentais, inclusive com a redução de custos decorrentes de multas e indenizações.
Internamente, é preciso desenvolver, em todos os níveis de funcionários, campanhas de conscientização de que o descuido com os problemas ambientais pode comprometer o conceito da empresa; de que os recursos naturais são patrimônio da comunidade e que a responsabilidade em preservar o meio ambiente é de todos aqueles que trabalham na empresa e não apenas na diretoria da empresa.
Quem pode desenvolver estratégias de marketing ambiental?
O desenvolvimento de estratégias de marketing ambiental é possível tanto para o setor produtivo como para entidades do terceiro setor que atuam na área ambiental e que necessitam, no desenvolvimento de suas atividades, do aval e adesão da sociedade.
A aliança entre estes dois setores também podem render criativas campanhas que tenham como estratégia o marketing ecológico. No exterior é inclusive bastante comum as parcerias entre entidades ambientalistas e iniciativa privada, também existentes no Brasil. Na verdade, o apoio das empresas aos projetos ambientais já são uma resposta à sociedade que está mais exigente em relação ao processo de produção e em relação à responsabilidade do setor produtivo para com os recursos naturais.
Quem é o consumidor verde?
O consumidor verde prefere e paga mais por produtos ecológicos, não adquire produtos com empacotamento excessivo, prefere produtos com embalagem reciclável e/ou retornável, evita comprar produtos com embalagens não biodegradáveis, observa os selos verdes, entre outros comportamentos incorporados.
Como identificar as oportunidades de se empregar o marketing ambiental?
As oportunidades de marketing verde podem surgir de várias formas, uma delas é quando o público alvo está mais interessado em conhecer as vantagens ambientais do produto. Também é bastante difundido e visto como positivo o patrocínio de atividades ecológicas. As estratégias de marketing começam no planejamento estratégico da produção, visando-se assim aumentar a lucratividade.
Marketing Ambiental é moda?
Ainda é comum que o marketing verde seja tratado como moda por muitos, uma espécie de mania que estimula a venda em alguns poucos mercados, durante algum tempo. Em 1990, a explosão do marketing verde acompanhou o 20º aniversário do Dia da Terra. E, dois anos depois, o Wall Street Journal divulgou matérias de que o marketing verde estava definhando, o que não aconteceu.
O que na verdade ocorreu foi o seu amadurecimento, mudanças em sua concepção, tanto no significado de termos como ‘verde' e biodegradável como nas técnicas de implantação do marketing ecológico. Já não basta colocar uma logomarca ecológica nos rótulos ou colorir rótulos e embalagens em tons de verde.
Autora: Adriana Valério
O Peixe (Ética)
A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas Jorge e seu pai saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada.
O menino amarrou uma isca e começou a arremessar. Logo o caniço vergou, e ele se deu conta que havia algo enorme na ponta da linha.
O pai olhava com admiração, enquanto Jorge habilmente e com muito cuidado, retirava o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada, que ainda não havia começado.
Enquanto apreciavam aquela beleza de peixe, o pai acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Pouco mais de dez da noite… Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada.
Seu pai então olhou para o peixe e depois para Jorge, e disse:
- Filho, você tem que devolvê-lo!
- Mas papai! – reclamou o menino.
- Vai aparecer outro – insistiu o pai.
- Não tão grande quanto este – choramingou Jorge.
Jorge olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente o triste olhar para o pai, porém ele sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável. Mesmo não havendo ninguém por perto.
Com cuidado, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. O peixe rapidamente desapareceu.
Naquele momento, Jorge teve a certeza de que jamais pegaria novamente um peixe tão grande quanto aquele.
Trinta anos depois, o Chalé continua lá, e Jorge, um bem-sucedido arquiteto, leva seus filhos pra pescar no mesmo cais.
Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite, porém, vê o mesmo peixe todas as vezes que se depara com uma questão ética.
Como seu pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de CERTO e ERRADO.
Se desejo o melhor para mim, é isto que devo oferecer aos outros. Agir corretamente quando se está sendo observado, é uma coisa. A ética, porém, se revela quando agimos corretamente enquanto ninguém está nos observando.
Nossos atos valem muito mais que palavras!
Neste mundo, o que nos faz ricos não são as coisas que ganhamos, mas aquelas das quais abrimos mão. (Henry Ward Beecher)
O menino amarrou uma isca e começou a arremessar. Logo o caniço vergou, e ele se deu conta que havia algo enorme na ponta da linha.
O pai olhava com admiração, enquanto Jorge habilmente e com muito cuidado, retirava o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada, que ainda não havia começado.
Enquanto apreciavam aquela beleza de peixe, o pai acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Pouco mais de dez da noite… Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada.
Seu pai então olhou para o peixe e depois para Jorge, e disse:
- Filho, você tem que devolvê-lo!
- Mas papai! – reclamou o menino.
- Vai aparecer outro – insistiu o pai.
- Não tão grande quanto este – choramingou Jorge.
Jorge olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente o triste olhar para o pai, porém ele sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável. Mesmo não havendo ninguém por perto.
Com cuidado, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. O peixe rapidamente desapareceu.
Naquele momento, Jorge teve a certeza de que jamais pegaria novamente um peixe tão grande quanto aquele.
Trinta anos depois, o Chalé continua lá, e Jorge, um bem-sucedido arquiteto, leva seus filhos pra pescar no mesmo cais.
Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite, porém, vê o mesmo peixe todas as vezes que se depara com uma questão ética.
Como seu pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de CERTO e ERRADO.
Se desejo o melhor para mim, é isto que devo oferecer aos outros. Agir corretamente quando se está sendo observado, é uma coisa. A ética, porém, se revela quando agimos corretamente enquanto ninguém está nos observando.
Nossos atos valem muito mais que palavras!
Neste mundo, o que nos faz ricos não são as coisas que ganhamos, mas aquelas das quais abrimos mão. (Henry Ward Beecher)
5 de novembro de 2009
Evento
Mostra Nacional Ambiental
Evento discutirá caminhos para a sustentabilidade.
Brasília será sede da I Mostra Nacional Ambiental entre os dias 03 e 07 de novembro - Caminhos da Sustentabilidade na sede do Ibama. Variadas atrações estão previstas no intuito de entreter, informar e educar o público participante. Durante o evento, entidades públicas e privadas apresentarão trabalhos realizados em prol do desenvolvimento sustentável do país. Na ocasião, o IBAMA comemora seu 20° aniversário.
Na programação estão inclusos espaços temáticos, oficinas, filmes ambientais, esportes e apresentação de bandas, tanto locais quanto nacionais. A Secretaria de Educação levará 12 mil alunos da rede pública para participar da I Mostra Nacional Ambiental, uma parceria entre o Governo do Distrito Federal e o IBAMA.
Fonte: Ascom IBAMA
Evento discutirá caminhos para a sustentabilidade.
Brasília será sede da I Mostra Nacional Ambiental entre os dias 03 e 07 de novembro - Caminhos da Sustentabilidade na sede do Ibama. Variadas atrações estão previstas no intuito de entreter, informar e educar o público participante. Durante o evento, entidades públicas e privadas apresentarão trabalhos realizados em prol do desenvolvimento sustentável do país. Na ocasião, o IBAMA comemora seu 20° aniversário.
Na programação estão inclusos espaços temáticos, oficinas, filmes ambientais, esportes e apresentação de bandas, tanto locais quanto nacionais. A Secretaria de Educação levará 12 mil alunos da rede pública para participar da I Mostra Nacional Ambiental, uma parceria entre o Governo do Distrito Federal e o IBAMA.
Fonte: Ascom IBAMA
4 de novembro de 2009
Marca
A Marca é a representação simbólica de uma entidade, qualquer que ela seja, algo que permite identificá-la de um modo imediato como, por exemplo, um sinal de presença, uma simples pegada. Na teoria da comunicação, pode ser um signo, um símbolo ou um ícone. Uma simples palavra pode referir uma marca.
Em termos de negócios, a capacidade que se reconhece ao consumidor para identificar e diferenciar serviços ou produtos, cabe por inteiro ao nome que é atribuído à marca.
O termo é frequentemente usado hoje em dia como referência a uma determinada empresa: um nome, marca verbal, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou a própria empresa. Quando se fala em marca, é comum estar-se a referir, na maioria das vezes, a uma representação gráfica no âmbito e competência do designer gráfico, onde a marca pode ser representada graficamente por uma composição de um símbolo e/ ou logotipo, tanto individualmente quanto combinados.
Uma marca registrada é uma marca registrada em agências governamentais nacionais (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) ou internacionais (por ex. Instituto de Harmonização do Mercado Interno).
Uma marca de alto renome é uma marca de prestígio, notoriedade e tradição incontestáveis, motivo pelo qual recebe especial proteção quanto a sua propriedade intelectual.
Uma marca genérica é uma marca quando o nome de uma empresa ou produto passa a ser utilizado como se fosse essa empresa ou produto. Geralmente esses nomes são substantivados, tais como ocorrem com as empresas Danone e Gilette e com as fotocópias da Xerox, esponjas de aço da Bombril ou com os produtos de plástico da Tupperware.
Fonte: Wikipédia
Em termos de negócios, a capacidade que se reconhece ao consumidor para identificar e diferenciar serviços ou produtos, cabe por inteiro ao nome que é atribuído à marca.
O termo é frequentemente usado hoje em dia como referência a uma determinada empresa: um nome, marca verbal, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou a própria empresa. Quando se fala em marca, é comum estar-se a referir, na maioria das vezes, a uma representação gráfica no âmbito e competência do designer gráfico, onde a marca pode ser representada graficamente por uma composição de um símbolo e/ ou logotipo, tanto individualmente quanto combinados.
Uma marca registrada é uma marca registrada em agências governamentais nacionais (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) ou internacionais (por ex. Instituto de Harmonização do Mercado Interno).
Uma marca de alto renome é uma marca de prestígio, notoriedade e tradição incontestáveis, motivo pelo qual recebe especial proteção quanto a sua propriedade intelectual.
Uma marca genérica é uma marca quando o nome de uma empresa ou produto passa a ser utilizado como se fosse essa empresa ou produto. Geralmente esses nomes são substantivados, tais como ocorrem com as empresas Danone e Gilette e com as fotocópias da Xerox, esponjas de aço da Bombril ou com os produtos de plástico da Tupperware.
Fonte: Wikipédia
Relacionamento Interpessoal
O Poder das Relações no Ambiente de Trabalho
Como está o seu relacionamento com os pares na empresa onde você trabalha?
Acredito que boa parte das pessoas ainda convive com esse tipo de problema na organização onde atua; seria injusto generalizar e falar que todas as empresas têm algum tipo de conflito interno, causado pelos indivíduos que interagem diariamente no ambiente de trabalho, mas o fato é que no mundo empresarial eles existem e podem prejudicar o desempenho da equipe, assim como os resultados esperados pelas empresas, impactando inclusive no clima organizacional. Às vezes, os problemas de relacionamento não são visíveis, ficam mascarados e embutidos intrinsecamente em cada um, onde só podemos percebê-los por meio de ações, do comportamento e no modo de agir com os outros membros da equipe.
A necessidade de trocar informações sobre o trabalho e de cooperar com a equipe permite o relacionamento entre os indivíduos, o que acaba sendo imprescindível para a organização, pois, as mesmas, valorizam cada vez mais tal capacidade; o relacionamento interpessoal é, sem sombra de dúvida, um dos fatores que influenciam no dia-a-dia e no desempenho de um grupo, cujo resultado depende de parcerias internas para obter melhores ganhos. No ambiente organizacional é importante saber conviver com as pessoas, até mesmo por ser um cenário muito dinâmico e que obriga uma intensa interação com os outros, inclusive com as mudanças que ocorrem no entorno, seja de processos, cultura ou até mesmo diante de troca de lideranças.
A contribuição dos pares e a forma que eles são tratados ajudam o colaborador atingir suas metas e desenvolver suas atribuições de maneira eficaz. Para isso, é necessário saber lidar com a diversidade existente na empresa, respeitando as diferenças e as particularidades de cada um; com isso, é possível conquistar o apoio dos demais e fazer um bom trabalho, afinal, ninguém trabalha sozinho.
O papel do gerente nesse processo é de extrema importância, pois é de sua responsabilidade administrar os conflitos existentes entre as pessoas do time, e fazer com que o clima interno seja agradável, permitindo um ambiente sinérgico e que prevaleça a união e a cooperação entre todos. Essa forma de conduta está relacionada ao estilo de gestão que se aplica e suas ações, e pode influenciar no desempenho dos liderados; este gestor terá que dar o exemplo para os demais, saber como falar com seus colaboradores, pois a maneira com que irá tratá-los poderá refletir no relacionamento entre a gerência x colaborador e, conseqüentemente, nas metas e objetivos da empresa.
No entanto, sabemos que tem gente que não consegue lidar com pessoas adversas e com opiniões diferentes da sua, e deixam se levar por uma impressão negativa sem ao menos procurar compreendê-las e conhecê-las mais detalhadamente. Outro vilão que pode prejudicar o relacionamento entre os membros de uma equipe é o mau humor; o que faz com que essas pessoas (mal humoradas) criem uma espécie de escudo e fiquem isoladas das demais. Isso impede que seus colegas se aproximem para pedir algum tipo de ajuda, ou até mesmo para bater um papo.
Essa dificuldade de relacionamento acaba impactando no desempenho de uma pessoa em relação às tarefas que desenvolve na organização, pois ela irá evitar a sua exposição e nem sempre poderá contar com alguém para auxiliá-la, e devido a isso acaba fazendo, na maioria das vezes, seu trabalho de maneira individualizada. Deixa-se, também, de ouvir opiniões diferentes e de compartilhar escolhas e alternativas com os demais, o que pode causar certo risco dependendo da decisão tomada. Em outras palavras, o mau humor certamente causará prejuízos ao trabalho em equipe e, por tabela, aos resultados em geral.
Quando a empresa enfrenta problemas de relacionamento, a área de Recursos Humanos junto à gerência tem a missão de sanar a dificuldade o quanto antes para não comprometer o clima de trabalho. É necessário identificar as causas para minimizar o efeito que este fator pode gerar, assim como sensibilizar os colaboradores para que eles não deixem que essa variável prejudique o desenvolvimento das tarefas, pois os clientes interno e externo podem não ser atendidos com prontidão e eficácia, resultando em queda na qualidade do atendimento e na produtividade.
As divergências e as “brigas” internas podem ser resolvidas com um bom treinamento e atividades grupais, procurando valorizar a integração e focar a importância de se ter um excelente relacionamento com os membros da equipe. O gerente também terá que fazer o seu papel, dando apoio, feedbacks e fazendo coaching com seus colaboradores, evitando, assim, qualquer tipo de atrito que possa ocorrer futuramente no time. Contudo, isso não depende somente do gestor: todos terão que estar envolvidos nesse processo. Os funcionários também têm um papel importante para a construção de uma ambiente saudável, pois depende de suas condutas e atitudes para acabar com problemas desse tipo.
Para manter um clima agradável e sem manifestação de atritos, é necessário que as pessoas deixem de agir de forma individualizada e passem a interagir como uma equipe, promovendo relações amigáveis e fazendo com que cada um procure cooperar com o outro, mas, para isso, é preciso que cada um faça a sua parte, pois se todos não estiverem dispostos a contribuir, não iremos chegar a lugar algum.
A necessidade de trocar informações sobre o trabalho e de cooperar com a equipe permite o relacionamento entre os indivíduos, o que acaba sendo imprescindível para a organização, pois, as mesmas, valorizam cada vez mais tal capacidade; o relacionamento interpessoal é, sem sombra de dúvida, um dos fatores que influenciam no dia-a-dia e no desempenho de um grupo, cujo resultado depende de parcerias internas para obter melhores ganhos. No ambiente organizacional é importante saber conviver com as pessoas, até mesmo por ser um cenário muito dinâmico e que obriga uma intensa interação com os outros, inclusive com as mudanças que ocorrem no entorno, seja de processos, cultura ou até mesmo diante de troca de lideranças.
A contribuição dos pares e a forma que eles são tratados ajudam o colaborador atingir suas metas e desenvolver suas atribuições de maneira eficaz. Para isso, é necessário saber lidar com a diversidade existente na empresa, respeitando as diferenças e as particularidades de cada um; com isso, é possível conquistar o apoio dos demais e fazer um bom trabalho, afinal, ninguém trabalha sozinho.
O papel do gerente nesse processo é de extrema importância, pois é de sua responsabilidade administrar os conflitos existentes entre as pessoas do time, e fazer com que o clima interno seja agradável, permitindo um ambiente sinérgico e que prevaleça a união e a cooperação entre todos. Essa forma de conduta está relacionada ao estilo de gestão que se aplica e suas ações, e pode influenciar no desempenho dos liderados; este gestor terá que dar o exemplo para os demais, saber como falar com seus colaboradores, pois a maneira com que irá tratá-los poderá refletir no relacionamento entre a gerência x colaborador e, conseqüentemente, nas metas e objetivos da empresa.
No entanto, sabemos que tem gente que não consegue lidar com pessoas adversas e com opiniões diferentes da sua, e deixam se levar por uma impressão negativa sem ao menos procurar compreendê-las e conhecê-las mais detalhadamente. Outro vilão que pode prejudicar o relacionamento entre os membros de uma equipe é o mau humor; o que faz com que essas pessoas (mal humoradas) criem uma espécie de escudo e fiquem isoladas das demais. Isso impede que seus colegas se aproximem para pedir algum tipo de ajuda, ou até mesmo para bater um papo.
Essa dificuldade de relacionamento acaba impactando no desempenho de uma pessoa em relação às tarefas que desenvolve na organização, pois ela irá evitar a sua exposição e nem sempre poderá contar com alguém para auxiliá-la, e devido a isso acaba fazendo, na maioria das vezes, seu trabalho de maneira individualizada. Deixa-se, também, de ouvir opiniões diferentes e de compartilhar escolhas e alternativas com os demais, o que pode causar certo risco dependendo da decisão tomada. Em outras palavras, o mau humor certamente causará prejuízos ao trabalho em equipe e, por tabela, aos resultados em geral.
Quando a empresa enfrenta problemas de relacionamento, a área de Recursos Humanos junto à gerência tem a missão de sanar a dificuldade o quanto antes para não comprometer o clima de trabalho. É necessário identificar as causas para minimizar o efeito que este fator pode gerar, assim como sensibilizar os colaboradores para que eles não deixem que essa variável prejudique o desenvolvimento das tarefas, pois os clientes interno e externo podem não ser atendidos com prontidão e eficácia, resultando em queda na qualidade do atendimento e na produtividade.
As divergências e as “brigas” internas podem ser resolvidas com um bom treinamento e atividades grupais, procurando valorizar a integração e focar a importância de se ter um excelente relacionamento com os membros da equipe. O gerente também terá que fazer o seu papel, dando apoio, feedbacks e fazendo coaching com seus colaboradores, evitando, assim, qualquer tipo de atrito que possa ocorrer futuramente no time. Contudo, isso não depende somente do gestor: todos terão que estar envolvidos nesse processo. Os funcionários também têm um papel importante para a construção de uma ambiente saudável, pois depende de suas condutas e atitudes para acabar com problemas desse tipo.
Para manter um clima agradável e sem manifestação de atritos, é necessário que as pessoas deixem de agir de forma individualizada e passem a interagir como uma equipe, promovendo relações amigáveis e fazendo com que cada um procure cooperar com o outro, mas, para isso, é preciso que cada um faça a sua parte, pois se todos não estiverem dispostos a contribuir, não iremos chegar a lugar algum.
Pense nisso!
Informação e Dados
A diferença entre dados e informação estratégica
As empresas têm hoje uma verdadeira avalanche de dados, com milhares de informações valiosas misturadas com lixo. Só valerão alguma coisa quando alguém conseguir analisá–las.
Uma das principais vantagens advindas com a internet e com a crescente capacidade de armazenamento dos bancos de dados é a facilidade na obtenção de informações. Estas tecnologias permitiram às empresas coletar milhares de dados relacionados a seus negócios, oriundos de diversas aplicações como ERP e CRM, inclusive de sistemas legados.
Se por um lado o avanço tecnológico coloca à disposição uma verdadeira avalanche de dados, há que se pensar em como filtrá–los e torná–los disponíveis. É neste contexto que vemos milhares de informações valiosas misturadas com lixo e nos defrontamos com a necessidade de distingui–las, interpretá–las e justificá–las. Na verdade, não vale nada acumular informações seninguém conseguir analisá–las.
É aí que entra um conceito bastante difundido no mercado de Tecnologia da Informação: o Business Intelligence (BI) ou Inteligência Empresarial. Composto por um conjunto de ferramentas especialmente desenvolvidas para armazenar, extrair e fazer a manutenção, de forma seletiva e analítica, dos dados relevantes ao negócio. Temos ao nosso alcance vários recursos altamente eficazes nas soluções de BI como o data warehousing, um repositório central de dados e o data mining ou mineração de dados. Além do ETL (extraction, transformation and load) para extração e transformação dos inputs acumulados e o OLAP (online analytical processing ou processo analítico online).
O Business Intelligence permite olhar a organização como um todo, em busca de pontos dentro dos processos de negócio que possam ser usados como vantagem competitiva. Trata–se de informação útil, oriunda de histórico, da análise, da pesquisa, do estudo, etc. É desta forma que executivos encontram entre os bits e bytes armazenados, conhecimento sobre o mercado, a concorrência, os clientes, os processos de negócio, a tecnologia a fim de antecipar mudanças e ações dos competidores. É possível também aprender com os sucessos e as falhas dos outros, rever suas próprias práticas de negócio e toda sorte de conhecimento que possa trazer vantagem competitiva para a organização.
Na medida que permite acessar a base de dados e gerar relatórios específicos do negócio, garante ampla visão da empresa para informar, analisar, otimizar e planejar. Tudo graças a um processo que envolve coleta, qualificação, transformação, análise e distribuição das informações.
Se todas estas etapas são importantes, a qualificação é a mais crítica. Devemos nos ater mais detidamente às bases de dados confusas, muito comuns nas corporações, que apresentam, inclusive, duplicação de informações em chaves primárias diferentes, o que pode impactar na credibilidade do sistema e gerar distorções.
Vale lembrar também que a ferramenta demonstra informações e cenários baseados em premissas estabelecidas pelo usuário e que a tomada de decisão é sempre humana.
Além disso, o conceito de Business Intelligence não é novidade. É um novo nome para uma preocupação antiga, que os padrões globalizados tornaram imprescindível: a transformação de simples dados em informações estratégicas. Felizmente, hoje, há ferramentas ao alcance de todos.
Por Ana Palubinskas
As empresas têm hoje uma verdadeira avalanche de dados, com milhares de informações valiosas misturadas com lixo. Só valerão alguma coisa quando alguém conseguir analisá–las.
Uma das principais vantagens advindas com a internet e com a crescente capacidade de armazenamento dos bancos de dados é a facilidade na obtenção de informações. Estas tecnologias permitiram às empresas coletar milhares de dados relacionados a seus negócios, oriundos de diversas aplicações como ERP e CRM, inclusive de sistemas legados.
Se por um lado o avanço tecnológico coloca à disposição uma verdadeira avalanche de dados, há que se pensar em como filtrá–los e torná–los disponíveis. É neste contexto que vemos milhares de informações valiosas misturadas com lixo e nos defrontamos com a necessidade de distingui–las, interpretá–las e justificá–las. Na verdade, não vale nada acumular informações seninguém conseguir analisá–las.
É aí que entra um conceito bastante difundido no mercado de Tecnologia da Informação: o Business Intelligence (BI) ou Inteligência Empresarial. Composto por um conjunto de ferramentas especialmente desenvolvidas para armazenar, extrair e fazer a manutenção, de forma seletiva e analítica, dos dados relevantes ao negócio. Temos ao nosso alcance vários recursos altamente eficazes nas soluções de BI como o data warehousing, um repositório central de dados e o data mining ou mineração de dados. Além do ETL (extraction, transformation and load) para extração e transformação dos inputs acumulados e o OLAP (online analytical processing ou processo analítico online).
O Business Intelligence permite olhar a organização como um todo, em busca de pontos dentro dos processos de negócio que possam ser usados como vantagem competitiva. Trata–se de informação útil, oriunda de histórico, da análise, da pesquisa, do estudo, etc. É desta forma que executivos encontram entre os bits e bytes armazenados, conhecimento sobre o mercado, a concorrência, os clientes, os processos de negócio, a tecnologia a fim de antecipar mudanças e ações dos competidores. É possível também aprender com os sucessos e as falhas dos outros, rever suas próprias práticas de negócio e toda sorte de conhecimento que possa trazer vantagem competitiva para a organização.
Na medida que permite acessar a base de dados e gerar relatórios específicos do negócio, garante ampla visão da empresa para informar, analisar, otimizar e planejar. Tudo graças a um processo que envolve coleta, qualificação, transformação, análise e distribuição das informações.
Se todas estas etapas são importantes, a qualificação é a mais crítica. Devemos nos ater mais detidamente às bases de dados confusas, muito comuns nas corporações, que apresentam, inclusive, duplicação de informações em chaves primárias diferentes, o que pode impactar na credibilidade do sistema e gerar distorções.
Vale lembrar também que a ferramenta demonstra informações e cenários baseados em premissas estabelecidas pelo usuário e que a tomada de decisão é sempre humana.
Além disso, o conceito de Business Intelligence não é novidade. É um novo nome para uma preocupação antiga, que os padrões globalizados tornaram imprescindível: a transformação de simples dados em informações estratégicas. Felizmente, hoje, há ferramentas ao alcance de todos.
Por Ana Palubinskas
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